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Batismo:

perguntas, respostas e orientações.

“Saiba como defender a objeção de muitos sobre a validade do Batismo das crianças e a respeito do Batismo por imersão”.

Perguntas:

 

  • Outras denominações religiosas acham que o Batismo das crianças não tem validade por serem crianças e por não ser Batismo por imersão. Como os cristãos devem agir?

 

  • Por que hoje em dia não se batiza mais por imersão, como São João batizava e como Cristo foi batizado?

 

Respostas:

 

O Batismo de Crianças e o Batismo de Adultos.

Muitas pessoas costumam argumentar que o Batismo de Crianças não aparece na Bíblia. Como conclusão, defendem que só os adultos podem ser batizados.

 

Primeiramente, nem tudo está na Bíblia, como afirma S. João: “Há ainda muitas coisas feitas por Jesus, as quais, se se escrevessem uma por uma, creio que este mundo não poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21,25). Ou seja, o fato de não estar na Bíblia não prova que não deve batizar crianças.

 

A pergunta deveria ser inversa: Onde estão as provas bíblicas para a afirmação de que apenas os adultos devem ser batizados?

 

Agora, vejamos algumas orientações sobre o batismo das crianças, mediante a Sagrada Escritura e Sagrada Tradição, deixada pelos Apóstolos.

 

A Sagrada Escritura menciona vários personagens pagãos que professaram a fé cristã e se fizeram batizar “com toda a sua casa“. Assim o centurião romano Cornélio (At 10, 1s.24.44.47s); a negociante Lídia de Filipos (At 16, 14s); o carcereiro de Filipos (At 16, 31-33), Crispo de Corinto (At 18, 8); a família de Estéfanas (1Cor 1, 16).

 

A expressão “casa” (“domus“, em latim; “oikos“, em grego) tinha sentido amplo e enfático na Antigüidade: designava o chefe de família com todos os seus domésticos, inclusive as crianças (que geralmente não faltavam).

 

Desde o início da Igreja, os apóstolos batizavam os recém-nascidos. Assim se expressa Orígenes (185 – 255): “A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos“. (Epist. ad Rom. Livro 5, 9). E São Cipriano, em 258, escreve: “Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças“. (Carta a Fido).

 

Santo Irineu, que viveu entre 140 a 204, afirma: “Jesus veio salvar a todos os que através dele nasceram de novo de Deus: os recém-nascidos, os meninos, os jovens e os velhos“. (Adv. Haer. livro 2).

 

Na “Nova e Eterna Aliança“, o Batismo substitui a circuncisão da “Antiga Aliança”, como rito de entrada para o povo escolhido de Deus. Ora, se o próprio Deus ordenou a Abraão circuncidar os meninos já no 8º. dia depois do nascimento, sem exigir deles uma fé adulta e livre escolha, então não seria lógico recusar o Batismo às crianças dos pais cristãos, por causa de tais exigências.

 

O manual dos Apóstolos, também conhecido como ‘didaqué’, prescreve o Batismo para crianças. Ou seja, era costume dos apóstolos batizarem as crianças, segundo a importância que é o sacramento do “Batismo”, pois “quem não renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino de Deus“(Cf. Jo 3,3).

 

Ao ministrar o Batismo no recém-nascido elimina-se a herança do pecado deixado pelos antigos pais da desobediência (Adão e Eva), que não quiseram ouvir a voz de seu Criador: “...Não comereis da árvore que está no meio do jardim...”(Cf. Gn 3,3). Ao desobedecerem á Deus, Adão e Eva contraíram para toda a humanidade o pecado e a morte. Recuperamos a vida nova em Cristo no dia de “nosso” Batismo.

 

Um dos frutos do Batismo é o novo nascimento com Cristo. Somos novas criaturas, a partir do Batismo (Rm 6,1-11). Portanto, o quanto antes ocorrer o Batismo, o quanto antes cortaremos o elo do pecado da desobediência com Adão e Eva.

 

A posição de muitos que objetam o Batismo de crianças é insustentável, visto que se tivessem que seguir tudo o que a Bíblia ordena, como ficariam certas normas do Antigo Testamento que não foram abolidas no Novo?

 

Um pequeno exemplo mediante a tantos outros como este: será que deveríamos deixar as crianças optarem em entrar no colégio somente após crescerem? Não, sabemos que não. Pois, enquanto são crianças pequenas, os pais e os responsáveis, sabem o que é bom para os seus filhos.

 

E, depois, se os pais são responsáveis perante Deus pelo sustento, proteção, educação, amparo e etc, de seus filhos, quanto mais seriam pelo bem espiritual.

 

Batismo por imersão, infusão, aspersão: Quanto ao Batismo ministrado por São João Batista, ao qual também se submeteu Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda não era o Sacramento do Batismo, tal como o conhecemos hoje, e que foi instituído pelo mesmo Nosso Senhor algum tempo depois de ter sido batizado por São João.

 

O Batismo de João era um rito penitencial, preparatório e prefigurativo do verdadeiro Batismo. O próprio João Batista é explícito quanto a esse ponto: “Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas Aquele que virá depois de mim …. vos batizará no Espírito Santo e em fogo” (São Mateus 3,11; São Marcos 1,8; São Lucas 3,16).

 

E os Apóstolos, depois de Pentecostes, batizavam todos os convertidos, sem perguntar se já haviam recebido o Batismo de João (Atos 2,38), o que não fariam se fosse o mesmo Batismo.

 

Seja como for, embora se possa deduzir que o Batismo de João tivesse sido por imersão, este fato não torna obrigatório que fosse realizado sempre dessa maneira o Batismo instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Tampouco está afirmado no Novo Testamento que os Apóstolos e os discípulos batizavam sempre por imersão.

 

Pelo que, se alguém quiser encontrar esse dado na Bíblia (como pretendem alguns tê-lo feito), de fato, em vão o procurará.

 

Já é mais difícil admitir que as três mil pessoas batizadas pelos Apóstolos no dia de Pentecostes (Atos 2,41), o tenham sido todas por imersão, parecendo mais plausível a administração do Sacramento mediante aspersão.

 

É ainda menos provável, dadas ás circunstâncias de tempo e lugar, ter sido por imersão o Batismo noturno conferido por São Paulo, na prisão, ao carcereiro da cidade de Filipos e a toda sua família (Atos 16,33), podendo supor-se que tenha sido, com maior probabilidade, por infusão. O próprio Batismo de São Paulo por Ananias, na casa de um certo Judas (Atos 9,18; 22,16), é difícil imaginar que tenha sido por imersão.

 

Pelos testemunhos da Tradição (que muitos não aceitam, e com isso ficam muitas vezes sem saída), sabe-se que os três modos — por infusão, imersão ou aspersão — eram empregados na Igreja primitiva, de acordo com as circunstâncias.

 

Vejamos o que a tal respeito diz a Didaqué, também conhecida como Doutrina do Senhor através dos doze Apóstolos aos gentios ou, simplesmente, Doutrina dos Apóstolos. É um escrito que data de fins do século 1º. de nossa era; portanto, bem próximo aos livros do Novo Testamento. Trata-se do mais antigo manual de religião ou catecismo da comunidade cristã primeira de que se tem conhecimento.

 

Ali se ensina a respeito do modo de batizar: “Quanto ao batismo, procedam assim: depois de ditas todas essas coisas [isto é, de instruídos os catecúmenos na doutrina cristã], batizem em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Se não se tem água corrente, batize em qualquer outra água; se não puder batizar em água fria, faça-o em água quente. Na falta de uma e outra, derrame três vezes água sobre a cabeça [do neófito], em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.(Didaqué, VII — Tradução, introdução e notas: Pe. Ivo Storniolo-Euclides Martins Balancin, Ed. Paulus, São Paulo, 1989, p. 19).

 

Como se vê, já no século 1º. — ou seja, quando ainda viviam muitos dos discípulos dos Apóstolos — praticava-se o Batismo também por infusão, isto é, derramando água sobre a cabeça do neófito.

 

É certo que o rito da imersão era comum na Antiguidade, conforme se pode constatar pelos documentos da época e pelos próprios batistérios, construídos precisamente para tal fim. Porém não era exclusivo, sendo praticados também os outros ritos.

 

Aos poucos, na Igreja latina, o Batismo por infusão foi-se generalizando, por razões diversas, entre as quais a decência, pois a prática da imersão estava sujeita a abusos, sobretudo em relação às mulheres. Outra razão era a dignidade do próprio Sacramento, pois nem sempre era possível praticar a imersão sem os inconvenientes do prosaísmo inerente a ela (basta ver o caso de certas seitas que batizam em rios, lagoas ou mesmo piscinas).

 

Quanto à aspersão, embora em teoria seja válido o Batismo assim conferido, e conste que tenha sido empregada, nunca chegou a ser uma prática generalizada na Igreja. Isto pelo risco de que a água lançada com as mãos, com o hissopo ou com ramos não atinja o corpo das pessoas e escorra por ele, mas apenas lhes molhe as roupas, o que tornaria inválido o Sacramento.

 

Pois, o rito do Batismo consiste numa ablução externa do corpo com água, sob a invocação expressa das pessoas da Santíssima Trindade. A palavra ablução significa o ato de lavar. Assim, o Batismo, simbolicamente, lava a pessoa, limpa-a, purifica-a.

 

Portanto, o essencial é que a água realmente toque o corpo da pessoa e escorra por ele, como acontece quando alguém é lavado. E isto se obtém por qualquer dos três modos praticados: infusão, imersão ou aspersão, embora esta tenha os inconvenientes acima apontados.

 

Em outras palavras, o Batismo por infusão já era conhecido e praticado desde os primeiros séculos, sendo feito desse modo, conforme as necessidades das circunstâncias, o que sucedia com bastante frequência. Pois como se podia imergir inteiramente na água um pobre homem doente, quiçá prestes a morrer? De que maneira um mártir, mantido em uma estreita prisão, teria podido achar água suficiente para imergir seus guardas, ou seu carcereiro, que se convertiam ao ver seus milagres ou ao contemplar sua capacidade de sofrer e valor?…

 

Em conclusão: a Bíblia geralmente não descreve o modo como batizavam os Apóstolos e os discípulos. E também não diz que o modo era sempre o mesmo. Podem fazer-se apenas conjecturas a partir do texto sagrado; porém, não é válido qualquer coisa com toda a certeza, a respeito do assunto. Pelo testemunho da Tradição, sabe-se que na Igreja primitiva, conforme o ensinamento dos Apóstolos, usavam-se as três formas acima referidas (infusão, imersão e aspersão).

 

Assim, carece de fundamento a objeção de alguns, que negam validade ao Batismo que não seja por imersão.

 

 

Fonte: Revista Catolicismo / Frente universitária Lepanto.

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