
Mulher: Felicidade e complemento do homem!

Lembrando o livro do Gênesis, percebemos claramente a atitude jubilosa do homem quando Deus cria a mulher para coloca-la ao seu lado (Gn 2,22). A grande alegria instaurou-se no coração do homem quando viu a mulher pela primeira vez (Gn 2,23). Houve um grau de felicidade que deixou o homem inteiramente satisfeito e, então, sentiu-se completo. Um grande momento que deve ser rememorado á todos os dias, sempre lembrando aquela alegria inicial que deixou o homem pasmado de jubilo. Mas de modo especial nesta data em que comemora-se o dia internacional da mulher. Que todos os Homens jamais esqueçam que foi para felicidade que foram criados homem e mulher.
Todavia, cada vez que se afirma a superioridade do homem sobre a mulher, ou quando se transforma a mulher em simples objeto de satisfação de desejos para o homem, acontece uma ruptura com o plano originário de Deus.
Neste sentido, na Conferência de Aparecida, os bispos declararam: “Na América Latina e no Caribe é necessário superar a mentalidade machista que ignora a novidade do cristianismo, onde se reconhece e se proclama a igual dignidade e responsabilidade da mulher em relação ao homem” (DA n. 453).
Em época de marcado machismo, quando o papel da mulher era relegado ao interior das casas, Jesus tomou a iniciativa de conversar publicamente com elas (Jo 4,27), incorporou mulheres no seu grupo (Lc 8,1-3) e as escolheu para serem as primeiras testemunhas da ressurreição (Mt 28,9-10). Até mesmo as estrangeiras que, menosprezadas pelas autoridades de Israel por sua condição de mulher, também eram desprezadas por serem estrangeiras, encontraram acolhida em Jesus. É o que nos mostra o episódio da cananéia que foi ao encontro de Jesus para pedir uma ajuda para sua filha doente: “Mulher, grande é a tua fé! Como queres, te seja feito” (Mt 15,28).
Ao longo da história do cristianismo, apesar de algumas atitudes de menosprezo à mulher, sobressaíram-se atitudes de valorização do seu contributo na propagação da fé e na edificação da Igreja. É isto que nos faz reconhecer, com alegria que “as mulheres constituem, geralmente, a maioria de nossas comunidades, sendo elas as primeiras transmissoras da fé” (DA n. 455). É também isso que nos leva a destacar “Maria de Nazaré” como elo de aproximação entre o céu e os Homens. Pela confiança na Mãe de Jesus as pessoas se sentem acolhidas pelo Criador.
Ao celebrar o Dia Internacional da Mulher, saudamos as mulheres que participam dos encontros de mulheres, as que participam de nossas comunidades de fé, aquelas que carregam as cruzes de mães e educadoras e também aquelas que assumem cargos na política ou nas organizações da sociedade.
Fonte CNBB.
Pe. Alexandre Augusto Siles