
Dois anos do pontificado do Papa Francisco

Dia 13 passado (março), fez dois anos desde que o Papa Francisco assumiu o pontificado sucedendo Bento XVI. Assumindo o nome Francisco para sua missão, conquistou inúmeros olhares com sua simplicidade. Com passos decididos e uma naturalidade desconcertante, desde o primeiro momento do seu pontificado deixou claras várias atitudes e sinais, que não eram apenas um novo estilo ou formato, mas reveladores do conteúdo evangélico.
Iniciou seu ministério Petrino de forma á nos lembrar o período tão importante do Concilio Vaticano II para a vida e missão da Igreja. O Papa Francisco inicialmente, olhando para dentro da Igreja, surpreendeu a todos com metas e reformas internas, para logo em seguida, de forma tão caridosa anunciar “as” externas. “Ser alegres e ter atitudes a testemunhar o verdadeiro cristianismo, foi seu pedido em suas encíclicas e várias exortações apostólicas e catequéticas”.
Com sua forma de “governar a Igreja”, demonstrou ser um papa muito próximo do povo e convidou os sacerdotes a terem “cheiro” de ovelhas, ou seja, estar junto das ovelhas, sobretudo “as perdidas”.
É de salientar que nestes dois anos foram criados 39 novos cardeais para o serviço da Igreja. Ainda neste campo de criação, escreveu inúmeras exortações, encíclicas e cartas pontificais, todas elas de cunho a dar testemunho da fé que professamos. Com grande ousadia, organizou a reforma financeira dentro da Cúria romana, oferecendo assim, maior transparência aos bens temporais, que serão administrados em seu “governo”.
Dentro da vida oracional e missionária, o Papa não deixou de motivar a unidade dos cristãos e sempre expressou a sua preocupação e apoio pela perseguição dos fiéis por parte dos terroristas do Estado Islâmico no Iraque, Síria, a região do Oriente Médio, Sudão, entre outros.
Sobre o recente assassinato de 21 cristãos coptos na Líbia, o Papa disse: “recordando estes irmãos que morreram unicamente por confessarem Cristo, peço que nos encorajemos uns aos outros para prosseguir com este ecumenismo, que nos está a dar força, o ecumenismo do sangue. Os mártires são de todos os cristãos”.
Portanto, trata-se de um grande líder religioso, que observa não somente a própria Igreja que lhe foi confiada para zelar e administrar, mas com olhar paterno lança-se a superar os desafios hodiernos e oferece-se a todos para ajudar no que for preciso.
Fonte: Vatican.va
Pe. Alexandre Augusto Siles.